1.7.10
Oba! Férias!...
Hoje foi o primeiro dia das férias escolares. Filha em casa, grana curta, trabalhos pendentes e outros detalhes que ainda virão ao longo do mês que deveria ser apenas de diversão, descanso e alegria. Há dias não sei direito se minha vontade é de rir ou de chorar, mas o fato é que hoje acordei rindo, gritando e celebrando o tão merecido descanso da criatura pequena que me foi dada de presente e que com apenas 6 anos já tem sua rotina repleta de compromissos dignos de gente grande.
Me desliguei do trabalho (ao menos por hoje) e decidi curtir o dia, como se nada mais houvesse neste mundo para ser feito, nem pensado, nem decidido, nem resolvido. Nem questionado.
Felizes, eu e ela combinamos que a grande sacada do dia seria não termos regras para nada. Nada mesmo, nem horário para almoçar, nem ter de tirar a camisola ou trocar de roupa, nem horário para tomar banho, nem nada, nem nada. Ela poderia comer o que tivesse vontade. Ela poderia ver toda a TV do mundo, o dia todo, se quisesse. Ela poderia chamar quem quisesse para brincar com ela em casa. Poderia tirar dos armários os brinquedos que quisesse. Enfim, liberdade total e tendo a mãe como avalista! É o mundo encantado de qualquer criança...
Brincamos enlouquecidamente toda a manhã, eu e ela, e acompanhadas do melhor amigo que chegou de mansinho logo em seguida do almoço. O cheiro do bolo assando no forno para o lanche da tarde ainda está pela casa, e o som das gargalhadas deles me faz ter a certeza de que o mundo seria absurdamente melhor se as crianças e sua total ausência de regras pudessem governar a nossa vida.
O mundo a nossa volta precisa desesperadamente da sabedoria e da simplicidade das crianças. Sob a pena de que as nossas almas morram para sempre. De tristeza e solidão.
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