14.4.11

Filhos: investimento altamente lucrativo

O equilíbrio entre realizações pessoais e profissionais é, atualmente, um objetivo constante do ser humano. Isso envolve inúmeros conflitos internos, entre os quais, o investimento no bem estar ou em especializações, a dedicação ao lar ou ao trabalho, e até mesmo grandes questionamentos, como a decisão de constituir ou não uma família. Será que gastos e preocupações compensam o amor e a admiração obtida?

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios (Cefipe) revela que o preço para se criar um filho, até os 22 anos, está em torno de R$ 243 mil, na média. Com esse valor, você poderia comprar uma boa casa, o carro dos sonhos, um iate ou artigos de luxo, dentre outras coisas, mas se escolher sair do mundo da utilidade para o mundo do significado e garantir a continuidade do seu DNA, o que não significa que se arrependerá ou terá que abrir mão dos seus sonhos, você terá a oportunidade de vivenciar a experiência única do amor pleno. A partir do momento que você vê um filho como uma oportunidade de crescimento recíproco e amor incondicional, o peso da palavra obrigação se dispersa, e sua qualidade de vida progride, culminando em segurança e prosperidade.

Já diz o bordão que há coisas que o dinheiro não compra e, com certeza, a maternidade e a paternidade não são substituídas por preço algum. Porque a benção de ter um filho não tem preço, tem valor, e como tudo que tem valor fica impossível mensurar. Diga-me você qual é o valor do barro, tinta, sorvete e desenhos? Podem constituir um dia de incontáveis risadas, talvez você não consiga tantas naquele festival internacional de ingressos caros. Ser o herói para alguém – o qual você considera a pessoa mais importante da sua vida – é mais do que uma realização plena, é ser amado pelo simples fato de existir.

Quando você sai dos bastidores das preocupações financeiras e vira o protagonista da vida de um ser humano, sua sensibilidade para com o mundo aflora. O otimismo se faz presente, bem como a alegria e a responsabilidade social. Mas isso se aplica aos que vivem a plenitude das funções sem culpa. Portanto, comemore, vibre com intensidade em simples conquistas e intensifique os momentos que te fazem feliz. Inclusive, muitos devem ser gerados por aquele que você decidiu investir os 243 mil reais!

Identificar suas atitudes, e como você está lidando com suas aspirações, pode ser o primeiro passo para ser feliz, ter sucesso e ter um filho. É claro que dificuldades financeiras, preocupações e incertezas são evidentes, porém, não pense tanto nos gastos e frustrações, mas naquilo que é insubstituível que pode ser proporcionado, afinal, há tantas coisas com as quais você gasta e não te dão retorno algum! Limite os custos, mas não o amor, pois ter um filho é investimento com retorno garantido e permanente.

Talvez esse amor seja assim tão sublime porque é, no fundo, um amor a si mesmo. Amamos em nossos filhos a centelha de nós ali depositada. Eles são nossa continuidade. Talvez seja essa a fonte desse amor que nutrimos por eles. Não é à toa que esse é o único amor incondicional. Afinal é pelo amor materno e paterno que nos tornamos eternos!


*Anderson Cavalcante É administrador de empresas com ênfase em Marketing e MBC pela University of Florida. É autor dos best-sellers “O que realmente importa?”; “As coisas boas da vida”, entre outras obras produzidas pela Editora Gente.
Para mais informações, acesse www.andersoncavalcante.com.br

2 comentários:

Juantonello disse...

Ana Querida, faço minhas suas palavra !!!! Parabéns pelo texto.
Bjo Ju Antonello

TXLNETO disse...

Mais do que o DNA, transmitimos "valor" - palavra tão bem empregada no seu texto, valores de vida, familiares, sociais... e isto é uma grande responsabilidade. Fico feliz pois tenho certeza que vc transmite os valores certos.

Abraços,