30.5.10

Ana e as letras


Minha relação com a palavra escrita começou cedo, muito cedo na vida. Não aprendi. Simplesmente me lembrei, aos quatro anos de idade, de como era simples e fácil ler e escrever, de maneira tão direta e natural que hoje, revendo a minha trajetória, percebo que não saberia fazer outra coisa tão fascinante e que me trouxesse tamanho prazer quanto concretizar meus pensamentos através da combinação de letras.

Pequenininha, ia eu toda feliz à escola. Lá, minha primeira professora cujo nome era Tia Silvia e de quem não me lembro mais nada além do nome, rapidamente percebeu que a menininha de avental xadrez lia e escrevia com uma facilidade inexplicável para uma criança daquela idade. Comecei e nunca mais parei. Na adolescência, a mais produtiva e criativa das fases, escrevia enlouquecidamente e o resultado eram pilhas e pilhas de cadernos repletos de lindos textos que, num arroubo de insanidade por volta dos 22 anos de idade, foram jogados no lixo por acreditar que todas aquelas palavras eram bobagens e que eu havia... crescido! Me arrependi intensamente poucos anos depois, mas não havia mais nada a fazer...

Durante um bom tempo fiz minhas as palavras de outras pessoas, simplesmente guardando, relembrando e admirando quem conseguia refletir meus pensamentos de forma lírica e poética. Suportei deste modo longos períodos de ausência de palavras minhas que espelhassem o que se passava dentro da minha alma mutante e flutuante. Por mais que tentasse, nada conseguia produzir. A música e a literatura já existentes eram minhas corajosas companheiras.

Até que, não sei quando há não muito tempo, as palavras começaram a voltar. Tomaram forma em meus pensamentos, começaram novamente a colorir as imagens até que tornaram-se tão fortes que já não consigo mais calá-las. Recomecei a escrever, de forma intensa e apaixonada. E muito, muito feliz. Feliz por recomeçar a perceber toda a maravilha do cotidiano e conseguir expressá-la com letras combinadas por mim. Feliz por retomar algo inexplicável que me traz de volta os sonhos e as esperanças que sempre me moveram na direção do desconhecido e das coisas belas do universo. Espero e anseio a cada dia por essas palavras cada vez com mais amor. E nunca, nunca mais irei deixá-las partir...

28.5.10

Um homem inteligente falando das mulheres...


Recebi por e-mail e desconheço a autoria. Mas resolvi compartilhar, tamanha a beleza e verdade das palavras desse sujeito...

"O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem
à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores
também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping.
Entenda tudo isso e apoie.

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu
lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um
bronzeado.
Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, permaneça solteiro.
Só tem mulher quem pode." (Autoria desconhecida)

10.5.10


"Porque já não temos mais idade para,
dramaticamente, usarmos palavras
grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca".
Ninguém sabe como, mas aos poucos
fomos aprendendo sobre a continuidade
da vida, das pessoas e das coisas. Já não
tentamos o suicídio nem cometemos
gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não.
Contidamente continuamos. E substituímos
expressões fatais como "não resistirei" por
outras mais mansas, como "sei que vai passar".
Esse é o nosso jeito de continuar, o mais
eficiente e também o mais cômodo, porque
não implica em decisões, apenas em paciência.”
Caio Fernando Abreu

Acho que já postei isso antes... mas era só o que me vinha à cabeça hoje... por que?

6.5.10

Resposta ao tempo

Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Prá ter argumento

Mas fico sem jeito
Calado, ele ri
Ele zomba
Do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei

Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há fôlhas no meu coração
É o tempo

Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei

E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder
Me esquecer

No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer